‘NEARSHORING’: A Tendência “Made in México”
Empresas globais, em especial as asiáticas, buscam por uma porta de entrada para o maior mercado do mundo: os Estados Unidos; mas apesar de ser considerado a terra das oportunidades e negócios, o país dificulta as importações de produtos, principalmente itens da China, visto que em 2018 foi aplicado aumento nas tarifas comerciais.
Para contornar essa situação, novas estratégias entraram em campo, sendo uma delas o “Nearshoring”, ou seja, levar a produção para mais próximo dos mercados onde os produtos serão exportados, assim diminuindo o tempo com logística e consequentemente as taxas aplicadas.
Inúmeras empresas iniciaram a realocação das linhas de produção no México para diversificar sua produção fora da Ásia. Visto que trata-se também de geolocalização, conforme dito por Sean Seo, executivo da DY Power em conversa com o The New York Times: “A globalização acabou, agora estamos falando de localização.”.
O mercado automotivo é um dos que lideram o nearshoring. Francisco Gonzalez, presidente da Indústria Nacional de Autopeças, afirma que em 2022 aproximadamente 70 novas fábricas desse setor estão no México; isso impacta diretamente no quanto a SAMOT irá contribuir para a entrega de materiais para essas montadoras, no qual a demanda tende a aumentar cada vez mais.
Alguns locais, como Cidade do México e Nuevo León, comportam grandes empresas e são foco estratégico para outras. Enquanto a Cidade do México é o maior estado destinatário, de acordo com o Ministério da Economia do México, a Nuevo León é a segunda da lista, sendo considerada o “alinhamento planetário geopolítico” pelo governador Samuel Garcia, no qual buscam melhorar as estradas para facilitar o acesso às passagens de fronteira.
Empresas como a SAMOT já haviam sentido a tendência crescente antes mesmo do “nearshoring”, posicionando-se em 2008 na cidade de Silao em Guanajuato para atender as demandas dos clientes. A planta conta com um prédio de 13.000m² e uma capacidade instalada de 1500 toneladas/ano de peças num moderno parque industrial.
Outras montadoras que também já embarcaram nessa são:
- Tesla: a fábrica será em Nuevo León, no qual irá produzir carros elétricos;
- Ford Motor Co.: a fábrica está localizada em Cuautitlán, voltado para as linhas de montagem;
- Lizhong: fabricante chinesa de rodas automotivas, foi pressionada pelos seus clientes a abrir uma fábrica no México, tornando-se a primeira fora da Ásia;
- DY Power, empresa sul-coreana que fabrica componentes para equipamentos de construção, está analisando abrir um pólo próximo ao Texas.
A realocação de fábricas e montadoras dos mais diversos segmentos para o México continuará crescendo ainda mais em 2023. A SAMOT México já faz parte disso e atende tanto o mercado automotivo, agrícola, dentre outros. Exportando peças internacionalmente para grande parte do continente americano de forma facilitada.